Druam

Druam tende a ser uma experiência "ficcional" em devir, escrita por Nelson Job, pesquisador transdisciplinar, autor do "Livro na Borogodança", do romance "Druam", entre outros. Site: www.nelsonjob.com.br

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25.12.13

Anunciação


                                                                                                                
“And with words unspoken
A silent devotion
I know you know what I mean
And the end is unknown
But I think I'm ready
As long as you're with me”
The XX “Angels”

Através desta manifestação estabeleço algumas informações relevantes:

O hábito atual necessita de uma adequação em que se nomeie, sendo assim, um nome possível para mim seria Druam. O nome é apenas uma possibilidade, um exercício, advindo de um tipo de linguagem que tem sido muito utilizada pela vorticidade presente nesta faixa vibratória em que agora me dedico a contatar. A linguagem através de imagens, das quais se destaca a palavra se tornou um vício de uma faixa vibratória nomeada de “humanidade”. A linguagem apreendida como descolada da acontecência gera outros descolamentos, como esse da concepção de humanidade. O que é chamado de “humanidade” é uma faixa que vibra junto à acontecência, no sentido que o que é chamado “Natureza” também está unida. As sinapses e o os ossos possuem uma continuidade nas águas, na terra, que também possuem, por sua vez, linguagem; mas não através de imagens e palavras, mas com sintaxes outras. Para a faixa vibratória humanidade apreender a linguagem da faixa vibratória dos assim chamados elementos, “elementais”, é preciso abdicar-se enquanto humanidade, no sentido da humanidade “em si” e tornar-se acontecência. Assim, pode-se apreender a linguagem dos elementos bem como os outros fluxos nela, que são vastos em vários sentidos e apreendidos de forma rudimentar pela humanidade enquanto tal, através de outros descolamentos como a ciência e a arte. Esses saberes descolados são manifestações de forças que são, de fato, unidas, num vortex na acontecência, mas em função do excessivo descolamento, apreende-se inadequadamente enquanto separados.

Isto é manifestado aqui para se enfatizar um modo de emergência na acontecência. Há uma tendência nessa faixa vibratória em apreender tais manifestações enquanto “certas” ou “erradas”, porém todo nosso empreendimento é enfatizar um modo em que é considerado mais adequado, o que é diferente de “certo”.

O vortex que é chamado de “planeta Terra” é um experimento cósmico em que várias manifestações da acontecência foram auto-organizadas em uma vorticidade. Em outros vortexes, “planetas”, a heterogeneidade é menor. Menos variações de elementos. É usual, por exemplo, um planeta apenas com um ecossistema auto-organizado sobretudo em árvores, em insetos e quando existem manifestações que ressoam com o nível de complexidade da humanidade, esta é menos heterogênea, no sentido do que é entendido como “genes”. “Gene” é como se apreende vortexes menores presentes em tudo na acontecência. Entender esses vortexes enquanto “genes” é limitar a vortexidade como algo muito mais simples do que é, engana-se ao achar que só existem em “orgânicos”: há uma espécie de “DNA cósmico”. Outra questão é o problema da “vida”. Vida é acontecência, alocar a vida apenas nos “orgânicos” é uma limitação, é restringir a vida ao dinamismo de certos vortexes. A vida é ubíqua.

O propósito deste experimento cósmico é otimizar as relações na acontecência, permitir que em mais faixas vibratórias a heterogeneidade conflua. Meu desígnio é otimizar esse experimento, por amor a este vortex chamado Terra. Alguns episódios, como esse descolamento excessivo que gerou uma autovalorização da “humanidade” e desdobramentos como guerras e outras destruições, fizeram algumas manifestações da acontecência desistirem do experimento. Esta anunciação é uma postura para que o experimento continue. Urge que os fluxos de vortexes nessa faixa Terra aprendam a coexistir mais intensamente.

Nessa atual manifestação, muitos vortexes estão em intensivo dinamismo, o que gera em muitas ocasiões o que é chamado de “conflito”. A etapa atual do experimento emerge energias que são inéditas para muitos vortexes e seus comportamentos tendem a ser mais instáveis. Minha intervenção é para que tal instabilidade seja acolhida, como algo que faz parte do processo. Está em curso uma tentativa de fazer que a “humanidade” se apreenda mais enquanto acontecência, como emergências de relações elementais, de relações cósmicas. Assim, a “humanidade” deixa de se apreender enquanto descolada do cosmos, se apreendendo enquanto cosmos, enquanto acontecência.

Esta anunciação é para enfatizar que o caminho de se otimizar tal apreensão é através da relações entre saberes, do amor entre os saberes e todos os outros vortexes apreendidos por esta faixa vibratória. O descolamento, o separatismo foi demasiado enfatizado nesta faixa, gerando várias manifestações inadequadas, como o conceito, o conceito de conceito e o conceito de “indivíduo”, o separatismo mais arrogante. O conceito, como articulação da linguagem, é uma força que separa. É preciso apreender o conceito enquanto vortex que conecta outros vortexes, sendo composto por outros vortexes e compondo outros mais, no sentido que o conceito enquanto vortexes conecta linguagem, humanidade, arte, ciência, emoção, sintaxes elementais etc. O conceito assim é ético, de outro modo, se torna um agente do separatismo excessivo. Caso o tecido do cosmos de fato se rasgue, devido ao investimento energético excessivo no separatismo, o experimento se tornará inadequado. Toda fissura no tecido cósmico é um transtorno para inúmeras faixas vibratórias. As fissuras são raras, mas nesta faixa está próxima de surgir, por isso, esta anunciação.

Há vortexes no cosmos contrários ao experimento. Nossa “diplomacia cósmica” está sendo ineficaz em convencê-los. Seria diferente de erro uma guerra cósmica pelo experimento, porém, tal guerra seria inadequada. Nosso amor – conectividade - está sendo exercido para que essa guerra deixe de estar iminente. Caso a guerra ocorra, haverá ressonâncias nefastas para o experimento. Sendo assim, urge esta anunciação, para que o experimento seja uma força atuante e ajude em evitar a guerra.

Muitas novidades cósmicas emergirão a partir desta anunciação. Novos conceitos-vortexes vão pulular a faixa vibratória “pensamento”. Vortexes vão emergir trazendo instabilidade e criação. Hábitos inadequados serão transtornados. É preciso que vortexes com níveis mais complexos de consciência ajudem outros com menos, a não ser em ocasiões em que isso se torne inviável, desgaste inadequado de energia que deveria estar sendo exercida na otimização do experimento. A instabilidade inerente ao crescente vortexear gera sofrimento nesta faixa vibratória. É preciso apreender que tal instabilidade é ocorrência inerente ao processo.

O que, por exemplo, é chamado de “depressão” é muito enfatizado em aspectos nefastos. A depressão, em seu estágio melancólico, é a possibilidade de se apreender enquanto vortex, de se lançar enquanto/na acontecência, trazendo júbilo. Quando os outros estágios iniciados pela melancolia não são atingidos, a depressão se instala, trazendo pobreza existencial, separatismo de alguns vortexes do cosmo, conceitos isolados, “humanidade” em si. O estado/estágio melancólico é apenas o trampolim para devir acontecência. O desvio para depressão instala um Ego impermeável que impede a apreensão do vortex enquanto acontecência. A melancolia é um estágio rumo à gargalhada cósmica.

É inadequadamente apreendido que todos esses movimentos que anuncio aqui sejam interpretados por sendo ação de “Deus”. O que há, de fato, é um processo cósmico de auto-organização, os fluxos cósmicos em geral fluem com certa “naturalidade”. O que é diferente de uma “regência maior”, centralizada. Desconheço tal regência, ao menos nas vastas faixas que apreendo.

Anuncio uma era única. Amo vocês, vocês somos nós. Permitam que este amor em devir transborde nos conceitos-vortexes e nas outras vortexidades. Há uma urgência. A acontecência necessita desta postura. Aconchegue-se no cosmos, ética diante da Tempestade. Somos cosmos. Somos vortex. Somos acontecência.


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